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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 9788594377067
Editora: Editora Caroli
Uma das principais sacadas que fizeram o lean inception surgir foi a união de alguns dos conceitos mais importantes que Caroli conheceu. Inception é um termo comum no mercado de softwares e diz respeito às reuniões de planejamento usadas para desenvolver os produtos.
Lean é o nome da metodologia usada pelo autor de “A Startup Enxuta” Eric Ries, com base na ideia do MVP, o Produto Mínimo Viável. O termo diz respeito à entrega de uma versão básica de um produto, com o objetivo de validar um conjunto de hipóteses sobre o negócio. O foco é a aprovação do primeiro passo, originalmente ligado às ideias do estilo Toyota de manufatura enxuta.
Embora a ideia de Ries estivesse ficando popular no início da década de 2010, as empresas ainda usavam o modelo de inception tradicional. Isso significa que as reuniões demoravam semanas e elaboravam os softwares de forma completa, com funcionalidades nem sempre úteis.
O autor percebeu que os inceptions eram muito demorados após o nascimento de seu filho. Depois da leitura do livro do Eric Ries, encontrou a “desculpa perfeita” para passar menos tempo no trabalho e ir ver seu filho mais vezes.
Caroli inovou ao criar um planejamento com foco apenas no MVP, trazendo à tona um tipo de inception específico e enxuto. Assim, as reuniões tradicionais viraram o workshop "Lean Inception", uma sequência enxuta de tarefas com referências do design thinking e da lean startup.
Para o autor, não faz sentido criar o produto mínimo viável sem antes definir o que vai nele. A ideia também envolve seguir alguns dos princípios da metodologia ágil, fazendo a entrega contínua e antecipada do produto. O nome lean surgiu pelo foco ser no MVP e pela duração do inception ser menor.
O modelo é útil quando há a necessidade de criar algo de forma interativa e incremental, revelando se vale a pena continuar desenvolvendo o produto. Por isso, é válido em grandes projetos que precisam ser feitos de forma enxuta.
Ainda assim, não substitui alguns processos-chave. Isso inclui entrevistas com usuários, pesquisas de mercado, sessões de ideação e por aí vai. A agenda é mais simples e costuma se resumir a algumas atividades dentro de uma semana.
O MVP não simboliza a não evolução de um produto. Na verdade, representa a ideia oposta, um desenvolvimento validado com base nos resultados dos protótipos. Por isso, conta com uma criação evolutiva, pensada no desenvolvimento gradual e contínuo.
As entregas são rápidas, frequentes e em ciclos. Se no desenvolvimento tradicional tudo é aprovado no final, o MVP funciona como uma escada, com um degrau por vez. Aqui, a abordagem é incremental e a ideia é sequenciada em pequenas hipóteses. Por isso, a tarefa fica menos complexa e as correções já podem ser feitas em um estágio inicial.
A resposta negativa costuma ser a validação mais importante. Caroli defende que é preciso pensar grande, começar pequeno e aprender rápido, sem perder tempo com o produto errado. Ao elaborar um projeto, o ideal é observar se é possível produzir, se há tecnologia e conhecimento.
Outro ponto que faz parte do MVP é o fator “uau”. É o que diferencia um produto no mercado, encantando os consumidores e tornando-os promotores do produto. Isso amplia a expectativa e o desejo para o próximo lançamento.
Uma ideia inacabada não é sinônimo de uma ideia ruim. MVP não é sobre criar um projeto de má qualidade, mas testar um conjunto de hipóteses cedo. Se seguisse uma tabela de valores, usável, factível, valioso e “uau” estariam entre os primeiros. Por isso, os usuários não podem acabar “se quebrando” em um erro do produto.
Essa é a razão pela qual existe o “V” do MVP. Significa “viável”. O autor ainda defende a importância das métricas de pirata do Dave McClure. São usadas para analisar as interações do cliente e representadas por “aquisição”, “ativação”, “retenção”, “receita” e “recomendação”. Os indicadores ajudam a perceber se há falsos positivos, já que nem sempre um bom início simboliza um bom negócio.
O lean inception é feito a partir de um workshop com uma série de atividades dinâmicas. É nessa etapa que surgem os objetivos, as estratégias e as funcionalidades, deixando claro o que vai ser desenvolvido. Por isso, seu sucesso está ligado à capacidade da equipe de colaborar.
Você pode começar com quebra-gelos, pequenas brincadeiras para descontrair e deixar o ambiente mais leve. Com a diversão, o estresse diminui significativamente e os profissionais tendem a ficar mais abertos ao contato com outras pessoas. As atividades são mais confortáveis e o trabalho mais amigável.
Caroli recomenda atividades que levam em conta o compartilhamento de informações, como nomes e hobbies. O ambiente de trabalho é chamado de sala de guerra, onde os participantes vão passar todo o workshop.
Por ser focado na redução de desperdício, o ideal é se manter sempre no mesmo ambiente. Assim, há menos perda de tempo no deslocamento entre as salas. Uma das formas de fixar ideias durante o trabalho é com o uso de post-its ou cartões coloridos. O autor defende que escrever, agrupar e rasgar post-its são coisas que não podem ser substituídas de forma digital.
Se a informação vai para o computador, reduz o relacionamento entre as pessoas. A razão é o fato de não ter nada que possa ser reescrito visível para a equipe nas paredes ou na mesa. Os workshops também costumam contar com uma pessoa facilitadora, responsável por liderar as discussões.
Isso não significa que a facilitadora é a participante principal. Na prática, atua como mediadora neutra, trazendo à tona o fluxo de ideias e conversações entre os participantes. Esses sim, os principais interlocutores.
Para dar fluidez às interações e levar aos resultados certos, a facilitadora ainda usa técnicas como formação do "aquário", um modelo ativo de discussão de temas usando pessoas com mais expertise como "peixes", e "pomodoro", um método de gerenciamento de tempo com atividades de 25 minutos para intervalos de 5. Para evitar dispersão, você pode promover o “estacionamento de ideias”, a prática de arquivar momentaneamente as questões que são levantadas nas conversas, mas não são úteis.
O objetivo é fazer com que a equipe não desvie o foco. É como dizer: “eu ouvi você, mas depois falamos sobre isso”. Geralmente, os workshops seguem um cronograma e você pode usar uma agenda para isso.
Caroli recomenda agendas burn-ups, com um eixo vertical e outro horizontal. Um representa o tempo e outro, os tópicos. A ideia é conseguir gerir o prazo e o escopo, contando com uma boa estrutura para sequenciamento de sessões e brainstorming. Aqui, vale contar com uma checklist, listando pontos como agenda, participantes, facilitador, ambientes e templates.
O workshop "Lean Inception" começa concebendo a visão do produto. Por meio dela, a equipe determina as primeiras peças do “quebra-cabeça do negócio” e existem algumas dinâmicas que podem ajudar. Um exemplo é criar frases de visão do produto ou uma lista definido o que o produto “é”, “não é”, “faz” e “não faz”.
O objetivo também pode ser esclarecido em atividades coletivas, como solicitar que a equipe escreva, compartilhe e reescreva metas até chegar em um ponto comum. Já as características, aparecem em tarefas de trade-offs.
Aqui, você pode listar os atributos do produto e dar uma nota de zero a dez para sua importância. Nesse caso, deixa de priorizar um traço e prioriza outro que deseja mais. O workshop segue para a definição da persona, um usuário hipotético do produto ou serviço. Não entra apenas seu papel, como também suas necessidades.
Isso pode ser feito a partir de uma dinâmica de quadrantes para identificar tipos de personas. Há a criação de grupos e a divisão da persona em atributos, como apelido, perfil, comportamento e necessidades. Em seguida, cada grupo apresenta as personas e depois as pessoas mudam de grupo.
Outra forma de descobrir personas é criando mapas de empatia, com traços como “vejo”, “ouço”, “penso” e “falo”. O resultado da atividade não deve ser definitivo, mas uma construção inicial atualizável conforme o projeto evolui. Com o feedback do produto, a compreensão tende a ficar mais clara.
O passo seguinte é fazer um brainstorming de funcionalidades, colocando as ideias em um canvas com diferentes combinações de objetivos e personas. A descrição de cada função deve ser a mais simples possível.
Nos quadrantes, você pode usar post-its com cifrões para definir onde há mais necessidade de investir dinheiro. Limitar o número de objetivos e personas também é uma ideia válida. Isso porque inúmeras funcionalidades provavelmente vão ser levantadas pela equipe e isso nem sempre é produtivo. O ideal é focar no MVP.
Você pode se perguntar o que faria caso tivesse que trabalhar em apenas um objetivo e tivesse um orçamento muito curto. Quando o MVP começa a se concretizar, o lean inception foca na revisão e na classificação das funcionalidades, com base em critérios técnicos, de negócio e de UX.
Uma das ideias para fazer isso é criar o gráfico do “semáforo”, usando eixo x e y para fazer a avaliação. Algumas funcionalidades podem ser descobertas a partir da jornada do usuário, visualizada em um passo a passo com post-its no canvas.
Após fazer os gráficos com as utilidades e representar a jornada do usuário, é possível cruzar as informações e descobrir novas funcionalidades ou ver se as antigas funcionam. Com as respostas, você pode definir prioridades. Caroli acredita que toda funcionalidade é vista como relevante.
Por isso, o produtivo não é questionar qual funcionalidade é importante, mas qual é a mais. Assim, você descobre a combinação mínima para validar um conjunto de hipóteses sobre o negócio. Com a definição, é possível criar o sequenciador de funcionalidades, um flip chart que enumera a ordem em que vão ser entregues.
Quando a combinação de funcionalidades for o suficiente para validar uma hipótese, já pode ser chamada de MVP. A partir dessa etapa, você começa a definir formas de dimensionar esforço, tempo e custo.
Aqui, existem algumas ideias que podem ajudar. Você pode dividir as funcionalidades em várias tarefas e separar cada uma por tamanho. Caroli gosta de avaliá-las como camisetas, com os tamanhos “P, “M” e “G”. Perguntando para várias pessoas e tirando a média, você também descobre quanto tempo leva para fazer cada tarefa.
O ápice do workshop é o canvas MVP, uma forma de definir o MVP com ideias do design thinking e lean startup. A divisão é feita em “proposta do MVP”, “personas segmentadas”, “jornadas”, “funcionalidades”, “resultado esperado”, “métricas para validar as hipóteses” e “custo e cronograma”.
Procure não criar muitos canvas MVP. A ferramenta não foi feita para ser guardada na gaveta e esquecida. Só crie outro quando realmente precisar investir em algum incremento. É importante manter uma proposta clara e um MVP focado, minimizando os riscos com personas segmentadas.
Ao preencher esse campo, seja ainda mais específico e considere a possibilidade de segmentar e testar o MVP em um grupo menor. Se pergunte quais jornadas são atendidas e se mapeiam de fato a experiência que você fornece aos consumidores.
Na hora de validar as hipóteses, ainda vale se questionar qual é o aprendizado que você quer e como é possível medir. Se não souber descrever um resultado mensurável para uma funcionalidade, é porque esta não deve ser criada. Você pode preencher bem os requisitos antes de definir os campos de custo e cronograma, para criar boas estimativas.
Por fim, há o início do loop da lean startup de construir-medir-aprender, funcionando de forma diferente da abordagem científica. Em vez de aprender para construir, a equipe vai construir para aprender. No canvas, esse loop fica ao lado do usuário-jornada-ação, do design thinking.
Repleto de conceitos valiosos para o desenvolvimento enxuto de produtos, Lean Inception revela os passos de um planejamento de sucesso de forma objetiva e sem desperdícios. A necessidade de passar mais tempo com o filho fez Paulo Caroli perceber que um produto poderia dar certo se fosse usável, factível, valioso e “uau”. Mesmo que incompleto e em sua versão mais simples.
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Descrito tanto como visionário quanto como facilitador, Caroli quer ajudar empreendedores brasileiros e explorar produtos digitais através do seu livro Lean Inception. Além de escrever o livro Lean Inception, baseado na sua experiência combinada da década que viveu no Vale do Silício com todo conhecimento adquirido na ThoughtWorks — empresa global líder em transformação digital que Caroli ajudou a trazer para o Brasil em 2010, ele também criou o FunRetrospectives.com (site de atividades de retrospectiva... (Leia mais)
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